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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Central de acolhimento no Rio atende mulheres vítimas de violência doméstica em horários especiais


As mulheres vítimas de violência doméstica no estado do Rio de Janeiro já podem buscar atendimento no fórum da capital durante toda a noite, nos fins de semana e em feriados.

Fonte | Agência Brasil - Sexta Feira, 22 de Outubro de 2010



Rio de Janeiro - As mulheres vítimas de violência doméstica no estado do Rio de Janeiro já podem buscar atendimento no fórum da capital durante toda a noite, nos fins de semana e em feriados. Com a inauguração da Central Judiciária de Abrigamento Provisório da Mulher Vítima de Violência Doméstica (Cejuvida), do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), elas podem ser acolhidas provisoriamente após o expediente forense. A central, em funcionamento desde o início da semana, é a primeira deste tipo no país.

Segundo a desembargadora Cristina Gáulia, presidente da Comissão Estadual dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher (Cojem), o serviço acolhe as vítimas encaminhadas por juízes; pelas delegacias especiais de Atendimento à Mulher (Deams); e ainda aquelas que à noite procuram o plantão do Judiciário. Seu funcionamento é das 18h de um dia até as 11h do dia seguinte, além de finais de semana e feriados. Nesses horários, os serviços especializados dos centros de Referência de Atendimento à Mulher, ligados aos governos estadual e municipal, estão fechados.

De acordo com o Tribunal de Justiça do Rio, uma equipe técnica formada por oito servidores, entre psicólogos e assistentes sociais, é responsável pelo atendimento.

Para a assistente social Lúcia Xavier, coordenadora da organização não governamental Criola, a ampliação do horário para receber essas mulheres é fundamental para garantir a segurança não só da vítima, mas também de outros integrantes das famílias, como os filhos.

“Quando a agressão ocorre nesses horários elas muitas vezes ficam sem ter para onde ir”, disse. “Estamos falando de defesa da vida, não apenas da vítima direta, mas também de filhos e até idosos que moram com ela”, afirmou.

Ao todo, o TJ-RJ conta com seis juizados de Violência Domiciliar contra a Mulher, sendo três na capital fluminense e três nos municípios de Duque de Caxias e Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, e São Gonçalo, na região metropolitana. Em 2009, a Justiça do Rio encaminhou 71.220 novos processos e este ano, até setembro, foram distribuídas mais 62.393 ações sobre o assunto.

Segundo estudo divulgado no início deste mês pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), mais da metade (51,7%) das 50.429 mulheres que registraram ocorrências de lesão corporal dolosa no ano passado sofreram essa violência por parte de companheiros ou ex-companheiros. O levantamento mostra que o crime de homicídio doloso fez 371 vítimas do sexo feminino, o que significa uma mulher assassinada por dia em 2009, no estado. O Rio é o único estado do país que sistematiza todos os dados referentes à violência doméstica.

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