"FIQUE POR DENTRO DAS ATUALIZAÇÕES DESTE BLOGGER"
DRIKASECUNDO

terça-feira, 31 de agosto de 2010

O Futuro Bacharel em Direito

Exigências do mercado de trabalho para um bom profissional do direito.

Por | Aparecida de Fátima Garcia Oliveira - Terça Feira, 17 de Agosto de 2010



Introdução
Porque e para que estou cursando faculdade de Direito? O que você, acadêmico, sabe sobre a profissão que irá abraçar? Quais são as exigências de mercado para ser um bom profissional nessa área? O mercado está saturado? Ou ainda há espaço para você?
São várias as indagações, mas é bom sabermos como tudo começou.... quando ministro do Império, Fernandes Pinheiro convence o Imperador a assinar a Carta de lei de 11 de Agosto de 1827 criando dois cursos jurídicos, um dos quais em São Paulo e outro , planejado para funcionar em Olinda, foi depois transferido para Recife.
Os cursos jurídicos foram instalados em 1828 e adotaram desde logo os "Estatutos" do Visconde de Cachoeira, nos termos do art. 10 da Carta de Lei.
Surgiram, assim, nas Academias de Recife e de São Paulo, os núcleos iniciais dos hoje numerosíssimos cursos de Direito no país. Assim é que começa a surgir o ensino jurídico pátrio. Este seria guardião dos ideais liberais do Estado constitucional, porém tinha como objetivo, naquele momento, o fornecimento de quadros para o Estado centralizador.
Hoje, o Curso de Direito atrai um grande número de alunos, no País são aproximadamente 400 mil, distribuídos em mais de quatrocentos cursos existentes.






ALGUNS ASPECTOS DO CURSO DE DIREITO.
· Ênfase nas competências sociais (humana).
· Multiplicidade de disciplinas/conhecimento permitem diversidade de atuação profissional.
· Mercado de trabalho, esta profissão está em ascensão, mudança do perfil auxiliou esta situação, com o surgimentos de novos setores na área.
· Aumento da oferta de estágio.
· Valorização da profissão, através da formação e qualificação.
· Laboratório prático permite a vivência simulada. (estágios)
· Formação/atualização do perfil do acadêmico de Direito.
· Currículo propicia uma formação eclética.
· Ênfase sobre a área/profissão no início do curso, primeiro semestre e/ou ano.
· Corpo docente deve ter sólidos conhecimentos em relação a profissão e suas perspectivas no mercado de trabalho.
· Enriquecimento das atividades curriculares e extra-curriculares, como por exemplo: oficina prática, visitas técnicas, pesquisas, etc.
· Adequação do currículo e ementa das disciplinas em relação às necessidades do mercado de trabalho.
· Ênfase em assuntos como responsabilidade social, terceiro setor, trabalho voluntariado, entre outros.
· Valorização do curso, a importância dos centros acadêmicos.
· Investimento por parte das instituições educacionais, na estrutura do curso.
· Necessidade de desenvolvimento e incentivo, de trabalhos científicos.
· Imprescindível o hábito de estudo permanente.
· O Preparo para o exame da OAB.
. Carreiras Jurídicas.
· Conhecimento jurídico e geral.
. Necessidade de pós graduação.
. Conhecer as prerrogativas do advogado: dever, ética...etc.
. É preciso sonhar.
. O exercício da luta cotidiana.
· Respeito pela pátria.
. Compromisso do corpo docente com o discente.
 
. Metodologia e didática.
 
. Desafios da formação.
 
O ensino jurídico no Brasil, atualmente, apresenta-se profundamente descontextualizado e clamando por novas concepções. A proliferação de cursos jurídicos é fenômeno assustador, em face da inexistência de qualquer diferencial. O paradigma liberal/conservador dos cursos é mantido, sempre adotando um perfil profissional generalista, a fim de atender a maior fatia possível do mercado. O ensino jurídico é normalmente visto como mais uma das atividades de exploração de atividade econômica, sem qualquer compromisso com a qualidade. Assim, o ensino jurídico deve basear-se na idéia de formação do aluno, e não na mera informação. O conhecimento construído é melhor do que o conhecimento concedido. O aluno, que não pode ser visto como um receptor passivo do conhecimento estabelecido apriorísticamente, tem de desenvolver habilidades que o permita aprender a aprender.
 
É preciso contemplar, em qualquer Curso de Direito, a perspectiva de que a ciência jurídica não se resume ao Direito e que o Direito não é somente o Direito positivo posto pelo Estado. Tal perspectiva tradicional adquire maior impropriedade no campo do Direito Econômico, do Direito Internacional e dos Negócios e as Relações Internacionais, em que as manifestações do Direito são plurais, interdisciplinares e socialmente impactantes.
 
A Carta Magna introduziu novos institutos de garantias da cidadania individual e coletiva e fortaleceu o papel do Ministério Público e do Poder Judiciário, Ainda, abriu espaços para a avaliação de novos e importantes âmbitos da vida jurídica, como a proteção aos direitos coletivos e difusos, o problema dos índios e do uso da terra, as questões do meio ambiente, da proteção da vida privada e da intimidade individual.
 
Para cumprir esse papel, os Cursos Jurídicos precisam retomar o seu lugar de reflexão e não apenas de ocupação de espaços institucionais na vida da sociedade brasileira. As instituições que não incentivam a formação do pensamento jurídico e o desenvolvimento das instituições políticas serão sempre simulação de sociedades democráticas.



PERFIL DO PROFISSIONAL DO DIREITO:
 
O profissional do Direito poderia ser definido como um administrador de conflitos que luta para que as pessoas tenham seus direitos de cidadãos preservados e devem ter :
 
a) formação humanística, técnico-jurídica e prática, indispensável à adequada compreensão interdisciplinar do fenômeno jurídico e das transformações sociais;
 
b) senso ético e profissional associado à responsabilidade social, com a compreensão da causalidade e finalidade das normas jurídicas e da busca constante da libertação do homem e do aprimoramento da sociedade;
 
c) capacidade de apreensão, transmissão crítica e produção criativa do Direito, aliada ao raciocínio lógico e consciência da necessidade de permanente atualização;
 
d) capacidade de equacionar problemas e buscar soluções harmônicas com as exigências sociais;
 
e) capacidade de desenvolver formas extrajudiciais de prevenção e solução de conflitos individuais e coletivos;
 
f) visão atualizada do mundo e, em particular, consciência dos problemas nacionais.
O Curso de Direito oferece grande campo de trabalho, pela diversidade e amplitude das atividades que gera, abrangendo todos os setores, em se tratando do exercício da Advocacia - Internet, informática, a questão ambiental, a defesa do consumidor, as relações internacionais e, mais recente e muito polêmica, a clonagem humana, dentro do Direito da Família. Sem falar na Magistratura, na atividade docente e no Setor Público.
 
São espaços a serem conquistados pelos novos profissionais do Direito, a partir da visão empreendedora de cada um, de seu círculo de relacionamento, de sua ousadia em enfrentar dificuldades e, consciente de seu papel social, de sua capacidade de interpretar a realidade, enxergar as distorções, as desigualdades e se colocar como agentes de mudanças.



EXAME DA OAB.
 
Para exercer a profissão, a pessoa diplomada em Direito (bacharel) deve ingressar na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), submetendo-se ao exame de Ordem. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), fundada em 1930, realiza exames em todo o país, que consistem em provas escritas de habilitação profissional, feitas perante uma comissão de três advogados inscritos há mais de cinco anos e nomeados pelo presidente do Conselho da Ordem Nacional.
 
A Ordem dos Advogados do Brasil tem por atribuição a seleção, o disciplinamento e a defesa da classe dos advogados, e além disso criou os chamados Exames de Ordem, que procura observar o nível dos cursos jurídicos no Brasil e, também, dá o direito ao bacharel no ato de advogar. Apesar do rigor com que a OAB vem tratando estes exames, o nível do ensino jurídico não mostra melhoras ou os alunos não são comprometidos com sua formação, pois o número de reprovações neste exame tem aumentado.
 
Os cursos de Direito devem, não apenas incentivar a consciência do aprendizado jurídico, mas, muito especialmente, a inteligência do conhecimento jurídico, como forma pedagógica possível de mudá-lo para alcançar os objetivos socialmente postos sem sobressaltos e rupturas com as normas postas. É imprescindível que os estudantes de Direito e advogados adaptem-se à cultura de transformação.
 
Fundamentalmente, o ensino jurídico precisa tomar como referência pedagógica os problemas de efeitos judiciais num processo crescente de complexidade, de tal forma que na busca de soluções o professor ensina que as questões jurídicas não se resolvem numa dimensão exclusivamente substantiva, mas também processual, assim como, a avaliação de um problema jurídico necessariamente, envolve por exemplo um mesmo contexto Direito Civil e Comercial ou Propriedade Industrial e Direito Administrativo, sendo a questão muito mais visível no âmbito do Direito novo. O ensino jurídico moderno, denomina que o conhecimento jurídico é um fenômeno interconexo .
 
Conseqüentemente, é mister estudar, estudar e estudar e que os Cursos de Direito venham a contribuir para a formação de homens do Estado, para se construir o Estado brasileiro, assim como para a formação de homens vinculados aos interesses da sociedade civil, para que se reconstrua o estado democrático brasileiro, com base no Direito e na Liberdade.
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário